Friday, November 13, 2015

DUELO AO ENTARDECER

O Sr. Passos Coelho desafiou ontem, vd. aqui, o Sr. António Costa a aprovar revisão constitucional para antecipar eleições.


 "Se aqueles que querem governar na nossa vez não querem governar como golpistas ou como fraudulentos deveriam aceitar a revisão constitucional extraordinária e permitir a realização de eleições". "Se não aceitarem, se preferirem governar como quem assalta o poder e defrauda os eleitores, então não têm nenhuma legitimidade para exigirem o que quer que seja a PSD e CDS, e têm de se bastar a si próprios".

Percebe-se o desespero do Sr. Passos Coelho. Ele acertara, inesperadamente, no seu adversário, derrubando-lhe a arma, ganhara o duelo, e, sorridente, tinha-se voltado para a multidão que, do seu lado, o aclamava, enquanto o ferido cambaleara para o outro lado, aquele onde se encontravam, bem separados, Jerónimo e Catarina. E foi então que surgiu o imprevisto e insólito acontecimento da tarde: Jerónimo deu uma mão a Costa e, nessa mão, colocou Catarina a arma caída.   
Em desespero de causa, Costa segurou a arma e imobilizou o adversário.

- Golpista!, acusou Passos em tom gravíssimo. Se és homem de carácter, vamos ao hospital fazer os curativos e voltamos aqui amanhã para um duelo limpo e leal.
- É impossível, barítono: Diz-me aqui o Jerónimo que estão os enfermeiros em greve ... Por quanto tempo, só ele sabe. 

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