Thursday, July 04, 2013

SERIA UM ERRO MONUMENTAL

Apesar da amostra das consequências de um período de instabilidade - demissão de Paulo Portas - na subida abrupta do risco da dívida soberana portuguesa avaliado pelo mercado, os partidos da oposição continuam a clamar por eleições antecipadas. A quanto subirão os yields da dívida pública a 10 anos até à posse de um governo resultante de eleições em Setembro/Outubro? Ninguém sabe mas, irresponsavelmente, ninguém quer falar disso.

O facto de, segundo consta, não haver perigo de ruptura de tesouraria do Estado até ao fim do ano não anula os efeitos corrosivos de um longo período de instabilidade sobre a credibilidade externa de Portugal.
 
Tanto ou mais irresponsável que a reclamação de eleições antecipadas sem avaliação do risco que essa alternativa democrática implica é a hipótese que estou a ouvir nos noticiários desta noite de o CDS continuar a suportar parlamentarmente o governo, eventualmente a prosseguir na coligação, sem a participação de Paulo Portas no governo.
 
Repito-me: Considero que o PR errou quando deu posse ao segundo governo, minoritário, de Sócrates; errou segunda vez quando deu posse ao governo de Passos Coelho sem a participação do PS, qua apoiava o governo que negociou e subscreveu o memorando com a troica. Pior  que a marcação de eleições antecipadas seria a aceitação de um governo ainda mais vulnerabilizado. O PR não pode errar uma terceira vez sem que desse erro resultem danos irreparáveis para a credibilidade do país.
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Correl. - Segundo Pires de Lima, Paulo Portas é o líder incontestado do CDS. Segundo outros, não.
PR exige ou não a permanência de Portas no governo?


Estão a brincar connosco?
Carlos Silva (UGT) : Governo está mandatado e tem obrigação de continuar
Não foi este senhor que esteve na recente greve geral exigindo a demissão do governo?
Durão Barroso: Instabilidade em Portugal ameaça reacender crise da dívida
As coisas que este rapaz descobre!

 
PR não exige que Portas esteja no governo mas que o presidente do CDS lá esteja
Ou Portas volta  atrás, ou Portas sai de cena, ou haverá, inevitavelmente, eleições antecipadas.

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