Saturday, September 01, 2012

YES, HE GOT IT! *

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A capa e artigo de fundo do Economist são dedicados à análise do mandato de Barack Obama - Barack Obama’s economic record - End-of-term report - resumindo em subtítulo as suas conclusões: Os resultados atingidos pelo presidente norte-americano são melhores do que os problemas da economia dos EUA sugerem.
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"Nenhum presidente dos EUA, desde 1933, tinha tomado posse numa situação económica tão dramática como aquela que existia quando Barack Obama fez o seu juramento em Janeiro de 2009. O sistema bancário estava à beira do colapso, os dois maiores fabricantes de automóveis a cair na falência; e o emprego, o mercado da habitação e o consumo a afundarem-se numa espiral imparável."
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O Economist é uma publicação que sempre se reclamou de tendência liberal no sentido que na Europa é dado ao termo. É, portanto, insuspeita de enviesamento ideológico a sua opinião acerca do mandato do presidente norte-americano e dificilmente poderia ser mais positivo o balanço que faz destes quase quatro anos da  administração democrata na Casa Branca considerando as circunstâncias em que Barack Obama tomou posse.
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O factor decisivo das eleições presidenciais nos EUA é a apreciação que os eleitores fazem da situação económica no momento do sufrágio, geralmente desvalorizando o ponto de partida, e a situação da economia norte-americana neste momento está longe de ser boa, sendo o nível de desemprego (geralmente baixo) o indicador mais impressivo da insuficiência da retoma.
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Qualquer que seja o resultado das próximas eleições presidenciais, ele será sempre muito apertado e provavelmente incerto até ao conhecimento dos últimos resultados. A opinião pública encontra-se divida a meio, aliás como é tradicional, cruzando-se as opções por razões de convicções irredutíveis (há vários estados onde os candidatos têm antecipadamente garantidos os delegados ao colégio eleitoral) com as apreciações que os eleitores flutuantes nos estados pendulares fazem da situação no momento em que votam, e são estes que decidem o resultado final. 

Barack Obama até pode não conseguir a reeleição para um segundo mandato, mas é indiscutível que a sua administração se tem pautado por uma conduta serena e eficiente, considerando a tempestade que teve que enfrentar quando tomou conta do leme, tendo conseguido levar os EUA à vista de melhores dias.
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* Ontem transcrevi o artigo do Economist porque um resumo seria sempre uma redução empobrecedora do original. Convicto, contudo, que o artigo é relativamente acessível se o link não funcionar, retirei o texto inicialmente transcrito.

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