Thursday, December 29, 2011

TUDO ÀS ESCURAS

Hungria falha leilão de dívida pública. A agência que gere o crédito público da Hungria rejeitou todas as ofertas num leilão de dívida a três anos e vendeu baixos montantes em outras duas linhas que foram a leilão. Financiamento da economia em 2012 está em risco, depois de terem sido interrompidas as negociações com o FMI para a concessão de um empréstimo.
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Por alguns indicadores, a Hungria tem semelhanças com Portugal: pela dimensão do território, pela população, pelo produto per capita, pelo nível de desenvolvimento humano (segundo o PNUD), ainda que tenham chegado à União Europeia depois de atravessarem caminhos políticos opostos. Mas enquanto a Hungria não quis nem quer entrar na Zona Euro, Portugal é membro desde a primeira hora. A moeda húngara, forint, desvalorizou este ano cerca de 10% contra o euro, uma desvalorização observada sobretudo a partir de meados do ano.

Portugal recorreu em Maio à ajuda externa para evitar a bancarrota, a Hungria recorreu em Novembro ao FMI mas as negociações encontram-se interrompidas e o financiamento da economia no próximo ano está em risco. Pode o euro ser culpado da falência da Hungria? Não parece. Mesmo com moeda própria os húngaros terão replicado erros que são atribuídos em Portugal pelo uso da moeda única.

Conseguirão eles safar-se melhor da enrascada em que se meteram porque têm o forint do que nós se continuarmos no euro?  Esta  a questão acerca da qual o professor Ferreira do Amaral não convence o professor Oliveira Martins, e vice versa, nem o professor X o professor Y. Porque nem o professor Amaral sabe o que faria com uma moeda fraca nem o professor Martins como se desatasca com uma moeda forte.

O melhor que têm para nos oferecer são palpites.
É razoável pensar que ...., diz o professor Amaral,
Julgo que não há dúvidas que ..., diz o professor Martins, dizendo o contrário.

O culpado é o euro ou euro é um perseguido errado?
Insisto: É um perseguido errado.  

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