Wednesday, July 13, 2011

O JOGO DA CABRA CEGA

não é caro. É caríssimo. É exorbitantemente caro.

O Ministério da Justiça tem 27 000 funcionários e 15 000 viaturas, mais do que uma viatura por cada dois funcionários. Tem 30 000 computadores, dois computadores por cada funcionário. Tem 1100 edifícios, um edifício por cada 25 funcionários e ainda paga 38 milhões de rendas.

Percebe-se, agora, outra razão para a lentidão da justiça: tanto equipamento só pode complicar o caminho de quem tem de se movimentar entre ele.    

O secretário de Estado Fernando Santo revelou hoje que o Ministério da Justiça tem 15 mil viaturas e 1.100 imóveis. E paga anualmente 38 milhões de euros de rendas, defendendo maior racionalidade financeira e "boa gestão".... aquele ministério tem 27 mil funcionários, 30 mil computadores e um orçamento que ronda os 1.400 milhões de euros.

"Tudo isto tem de ser gerido de outra forma", enfatizou Fernando Santo, antigo bastonário da Ordem dos Engenheiros, sublinhando que está a ser feito um "levantamento da situação" e o "diagnóstico" do MJ, para a partir daí se fazer a gestão "mais correta".

Fernando Santo explicou que o ministério, ao contrário de muitos outros, vive sobretudo de receitas próprias, pois o Orçamento de Estado assegura apenas 37 por cento das verbas totais necessárias para as despesas. Assim, uma "parte significativa" - ou seja, 900 milhões de euros -, são "receitas próprias" que o MJ tem de encontrar.

A agravar a situação, reconheceu no seu discurso, está o facto de "as receitas estarem muito abaixo das previsões que foram feitas", pelo que a gestão futura impõe que se "eliminem desperdícios" e se reduza a "contratação externa" de serviços.

Maior racionalidade financeira e melhor gestão foram os objectivos traçados por Fernando Santo, que garantiu que o MJ irá "procurar centralizar a gestão, impondo racionalidade e economia de custas" nas áreas em que isso for possível.

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