Sunday, July 31, 2011

MAL ATÉ AO FIM


E nós, os contribuintes, pagamos 2,4 mil milhões de euros! Pelo menos. Pode ser muito mais.
Curiosamente, o debate acerca do TGV continua a merecer discussão que só não é mais acesa porque a dívida nos ameaça afogar, mas pouco ou nada se reclama de esclarecimento de um caso que vale cerca de 130% do investimento no tal TGV.

Depois de uma nacionalização pouco justificada e muito mal formalizada, o governo anterior arrastou a solução de uma forma incompreensível e só possível por que quem tinha de decidir, e não decidiu, em tempo oportuno, não tinha nada perder, para além da que lhe compete como contribuinte (se paga impostos...). A Caixa, a quem foi cometida a responsabilidade da gestão do roubo, portou-se mal, como é geralmente seu timbre*.

Foi preciso chegar a troica para que o estafermo tivesse uma solução.

Má, porque tardia, e sob pressão do ultimato estrangeiro. Também má porque, chegado ao ponto a que chegou, a menos má solução seria a falência pura e simples e a venda dos salvados.

Quando, manifestamente, há mais banca em Portugal do que aquela que a economia justifica, porquê manter uma entidade que perdeu toda e qualquer sentido, para continuar a existir à custa dos contribuintes ? 
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Seguindo uma prática que tresanda a tradição esconsa, o presidente da CGD foi promovido a presidente não executivo de um Conselho de Administração que passou a contar com 11 membros, tantos quantos os ministros do actual Governo.
Já o ex-governador do Banco de Portugal, por ignorar a grande farra em que se tinha tornado o BPN, foi promovido a vice do BCE.

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