Thursday, March 17, 2011

HISTÓRIA HISTÉRICA - 2

Afinal a crise não é inevitável, só as crises decorrentes de catástrofes naturais são inevitáveis, descobriu António Costa e não tardou a dar conta da descoberta aos portugueses. Antes, o PM tinha afirmado que, das duas uma, ou o PEC IV passava na AR ou o governo não tinha condições para governar.
Estava escancarada a porta da crise.

Soube-se hoje que o assunto não vai ser presente à AR. Tudo não passou de um mal entendido provocado por um discurso desastroso, o mais desatroso! de sempre, de um ministro desastrado. Que, pelos vistos, até confundiu o próprio PM.

Desastroso, mas convincente.

António Costa considera que o discurso do ministro das Finanças da passada sexta-feira “ficará certamente para a história como a mais desastrada e desastrosa comunicação política que alguma vez foi feita em Portugal, senão mesmo no hemisfério Norte”, e acrescentou ainda, durante o programa "Quadratura do Círculo", que as palavras de Teixeira dos Santos prejudicaram “em termos de eficácia e de conteúdo” as medidas anunciadas no âmbito do chamado PEC IV, já que “criou a ideia generalizada de um conjunto de factos que agora temos vindo a perceber que não são reais”.

Hoje, à entrada para o debate quinzenal na Assembleia da República, e instado pelos jornalistas a pronunciar-se sobre o comentário de António Costa, o ministro das Finanças limitou-se a um seco: "Não faço comentários".


Menos lacónico foi o deputado do PS Vitalino Canas, "Eu creio que, na verdade, a comunicação [de Teixeira dos Santos] deixou certamente algumas dúvidas, tendo em conta a circunstância em que foi feita". Canas sentiu-se na necessidade de apresentar justificações para a comunicação de Teixeira dos Santos, "porventura, afetada pela urgência". E acrescentou: "Mesmo o próprio documento que é apresentado é um documento que tem manifestamente algumas questões de comunicação que serão, certamente, superadas".


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