Friday, December 03, 2010

CHAMEM O POLÍCIA


Não se sabe, por enquanto, a dimensão das excepções que vão ser abertas nas empresas públicas em nome da defesa contra a conconcorrência.

E ainda há quem pense que se possa dispensar o FMI.

11 comments:

António said...

Como se vê e você constantemente apregoa, a causa dos problemas nacionais é de quem trabalha. Traba-lha-se pouco.Produz-se pouco...

rui fonseca said...

"Trabalha-se pouco.Produz-se pouco..."

Gastamos mais do que produzimos, disso parece não haver dúvidas.

A questão que se pode colocar a seguir é: Quem?

Mas este meu apontamento de hoje reporta-se a duas notícias do dia com alcance muito diferente: o da violação de um princípio que não prenuncia nada de bom.

"você constantemente apregoa, a causa dos problemas nacionais é de quem trabalha."

Nunca disse isso. Seria incapaz dizer uma barbaridade dessas.

António said...

Nunca disse isso. Seria incapaz dizer uma barbaridade dessas.

A coisa da produtividade, os feriados, o que quer dizer?
Isto apesar de eu já lhe ter explicado que a produtividade não tem nada que ver com isto.

Quando se virar para os roubos que todos os sem vergonha que viveram e vivem da política, cometem por estarem onde estão, começará a entender melhor esta vida e as suas curvas e rectas, as escalas e os gráficos que se produzem para se engalanarem e enganarem os outros.
Há determinada palha que eu não como, por muito que ma queiram oferecer.
Está em dia o estado a que chegou o Serviço Nacional de Saúde.
Vai-me dizer que a culpa é dos doentes, já sei.

Isabel said...

Não tenho dúvidas de que se pode aumentar a produtividade do país, temos todos os recursos disponíveis, só precisamos de os usar eficientemente, e isso, claro, é um ponto a desenvolver. Importa não esquecer porquanto, que,de pouco vale aumentar a produtividade e afins, quando o resultado desse esforço pelos portugueses acaba por se reflectir em privilégios e extravagâncias daqueles que só deram as ordens.

Como diz o ditado, trabalhar para aquecer é melhor que morrer de frio, mas há limites.

António said...

quando o resultado desse esforço pelos portugueses acaba por se reflectir em privilégios e extravagâncias daqueles que só deram as ordens.

Daqui a dias, caso possa, faça uma pesquisa sobre a quantidade de novas viaturas, por segmento, que foram compradas para evitar a coçadela do aumento do iva.
Ainda ontem assisti à "compra" de um Porsche, por um destacado alapado na AR, que estava a dificultar a vida ao vendedor. Grande parte do pagamento iria ser em notas.
Ou aceitava, ou adeus cliente.
No fim desse estudo, diga qualquer coisa. Ficaremos a saber de muitas das dificuldades para aumentar muita gente em vinte e poucos euros até à luxuosa/escandalosa meta dos 500 euros/mês.

Rui Fonseca said...

"A coisa da produtividade, os feriados, o que quer dizer?"

Quer dizer que a produção só aumenta produzindo mais ou melhor no mesmo período de tempo ou mais ou melhor num periodo de tempo mais curto.

Se o período de trabalho é reduzido e o ritmo ou a qualidade do trabalho produzido se mantém por cada hora trabalhada, a produção reduz-se.

Se a produção se reduz a riqueza média baixa, o nível de vida baixa.

Dir-me-á que há desigualdades sociais, que há outros factores a considerar. Pois há.

Mas as afirmações que fiz acerca da produtividade e da sua relação com o nível de vida são irrebatíveis.

Mas, evidentemente, da falta de produtividade não são os trabalhadores os principais culpados.

Nunca disse isso. Antes, pelo contrário. Depende essencialmente das regras de organização em que o trabalhador está inserido, logo de quem estabelece essas regras.


"Está em dia o estado a que chegou o Serviço Nacional de Saúde.
Vai-me dizer que a culpa é dos doentes, já sei."

Que exagero!!!!

O SNS, tanto quanto sei, até funciona bem. Assim funcionasse a justiça, por exemplo.

Está endividado. E, por mais volta que se lhe dê, tem de ser revisto de modo a garantir a sua sustentabilidade.

Rui Fonseca said...

"o resultado desse esforço pelos portugueses acaba por se reflectir em privilégios e extravagâncias daqueles que só deram as ordens."

Seja bem vinda, Isabel. Obrigado pelo seu comentário.

Há grandes desiguldades sociais, sem dúvida que devem ser corrigidas. Cem por cento de acordo.

Já quanto extravagâncias tenho dúvidas que elas sejam um exclusivo dos mais ricos. Ontem soube-se que a venda de automóveis em Portugal vai bater os recordes dos últimos 10 anos. E porquê? Dizem que é porque o IVA vai subir.

Sobe assim tanto que justifique a corrida aos automóveis?

Os shoppings à volta de Lisboa estão abarrotar de gente atarefada com as compras do Natal.

Cada português gasta nesta quadra, em média, mais que o alemão ou o holandês. São só os ricos?

Temos um dos maiores índices de telemóvel por habitante na União Europeia. São dos privilegiados?

Temos um dos maiores índices de automóveis por habitante na OCDE? São todos dos ricos?

Temos dos índices mais elevados de casas de habitação por familia na União Europeia: Cerca de 30% de casas mais do que famílias. Parece mentira, não parece?



Volte sempre.

Rui Fonseca said...

"faça uma pesquisa sobre a quantidade de novas viaturas, por segmento, que foram compradas para evitar a coçadela do aumento do iva."

Como referi no comentário anterior a associação do sector informava há dias que as vendas de automóveis irão bater os recordes dos últimos 10 anos. São todos Porsches comprados com notas de branqueamento?

Se identificou o cliente como deputado porque não o denuncia aqui?

António said...

porque não o denuncia aqui?

Sou doido, ou quê?

rui fonseca said...

"Sou doido, ou quê?"


Não percebo esse medo.
A Provedoria de Justiça anunciou há pouco tempo que acolhe de bom grado as denúncias de corrupção (anónimas ou não) que lhe cheguem.

E depois, caro António, o Aliás é um sítio bem frequentado.

António said...

A polícia devia ser uma entidade responsável e bem frequentada. De lá desapareceu material incriminatório do site de engates do repórter da rtp.
Desapareceu na polícia?
Já viu em que país estamos?
Perigo, amigo!
E não é de agora.