Friday, September 24, 2010

A CRISE DOS ECONOMISTAS

Pego no Metro, o diário gratuito, à saída do parque de estacionamento e, enquanto espero pelos outros parceiros de almoço, entretenho-me a ler a opinião de Luciano Amaral, professor de história económica na Universidade Nova de Lisboa, que conclui:

"O FMI não tem à sua disposição na Zona Euro os instrumentos que historicamente fizeram o sucesso dos seus programas de estabilização, combinando austeridade e expansão." ..."A ser assim, o FMI nem sequer seria o provicencial pai tirano com que tantos sonham, pondo a casa em ordem com muita pancada. A ser assim, ter-se-ia de pensar em coisas ainda mais inimagináveis"
.
A ser assim, não é o FMI é o fim.

Na opinião deste professor de economia, muito referido recentemente a propósito do seu livro ( Economia Portuguesa - As últimas décadas) editado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, no ponto em que as coisas estão, nem a entrada do FMI nos salva. Ainda, segundo Amaral, a alternativa estará em coisas mais inimagináveis. Quais serão? Não diz.

Quando se esperava uma opinião completa, ainda que necesariamente sintética, Amaral fica-se pela semi-opinião: Nem o FMI nos pode valer, agora mesmo só coisas inimagináveis. O economista é o ilusionista que suspende o truque, arruma o estojo e acaba o espectáculo.

Assim não vale, professor Luciano Amaral. 

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