Wednesday, September 29, 2010

OVERDOSE


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O primeiro gráfico é tão expressivo da redução dos spreads da dívida pública da República no período de ajustamento cambial de entrada no SME que antecedeu a criação do euro (1995-1999) quanto o segundo da evolução dos juros das obrigações do tesouro a 10 anos após o crescimento imparável da dívida que se seguiu à crise financeira detonada em 2008.

Durante mais de uma década de juros baixos convenceram os portugueses que eles se manteriam baixos e as dívidas expansíveis até ao infinito. Os efeitos perversos desta embriaguez à solta estão aí: a economia produtiva semi destruída, o endividamento sufocante, a banca sem crédito externo para além do apoio circunstancial do BCE.

Quem convenceu?
Também os bancos. Foram, e ainda continuam a ser, os bancos os  grandes responsáveis pelo encaminhamento dos recursos internos e pedidos de empréstimo. De entre eles, um deveria ter, pelo estatuto privilegiado que a sua condição de pertença do Estado lhe concede, e deveria exigir, uma política que o destacasse do rebanho mal comportado. 

Não o faz. Ainda agora, quando o nível de endividamento das famílias excede largamente o suportável, a Caixa Geral de Depósitos vende 50 cartões de crédito e incentiva o consumo, maioritariamente de bens e serviços importados.


A Caixa, não podemos esquecê-lo, é em ainda o maior colector das pequenas poupanças em Portugal. Aplica-as assim.

Para que precisamos de um banco público destes?

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