Sunday, June 06, 2010

O MAL AMADO

"uma limitação constitucional altera e põe em causa aquilo que é um dever do Estado: responder baseado na boa doutrina do Estado, a situações excepcionais”. “Oponho-me a esse princípio constitucional”, insistiu Sócrates, invocando a “obrigação moral” do Estado de intervir em alturas de crise - PM, em resposta à questão da fixação de limites à dívida e ao défice na Constituição, admitida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado.(cit. aqui).
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É altamente provável que Amado tenha abordado a questão com o PM antes de ter admitido em público a limitação constitucional da dívida pública e do défice. Não há razões visíveis para o não ter feito. Também não parece normal que se tenha pronunciado contra a posição que o PM lhe haja transmitido sobre o assunto. Por quê, então, a dessintonia entre Amado e Sócrates? 
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Aliás, Sócrates, poderia, quando confrontado com a declaração de Amado, ter facilmente ultrapassado a pergunta remetendo a resposta para uma reflexão aprofundada sobre uma matéria complexa. Por que não o fez?
Por aquela obstinação de afirmação que tolda a lucidez aos sitiados.

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