Saturday, March 13, 2010

PECADOS

Este PEC não serve, ouvimos dizer às oposições (que, no entanto se opõem por razões diametralmente opostas entre si), mas também a vários analistas, colunistas e macro economistas. Mas também há quem considere que o documento possui virtualidades e já mereceu nota positiva da OCDE e da Comissão Europeia, segundo os jornais.
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A. Santos Pereira, por exemplo, diz aqui e aqui porque considera o PEC insuficiente para a resolução dos problemas com que o País se confronta: Precisa-se de reduzir mais a despesa, eliminando o que não serve os interesses do Estado, cessar a contratualização em parcerias público-privadas, integrar nas contas públicas todas as responsabilidades do Estado.
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Dito desta forma poucos discordarão: eliminar o supérfluo e registar sem subterfúgios os compromissos do Estado parecem recomendações, mais do que razoáveis, urgentes. E, no entanto, nem este PEC as acolhe a contento de todos nem se ouviram dos partidos da oposição propostas que se batam pelo prosseguimento da política do governo por aqueles caminhos.
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E isto porquê?
Porque o Diabo está nos pormenores. A. Santos Pereira aponta, por exemplo, para "a redução do excessivo número de fundações e institutos públicos". Estamos todos de acordo? Perguntem aos visados.
Há medidas que para serem adoptadas requerem um apoio popular maioritário que um governo minoritário monopartidário como o actual claramente não dispõe.
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É aí que residem os pecados do PEC. Que, de qualquer modo, parecem transitoriamente absolvidos.

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