Sunday, September 06, 2009

VANCOUVER - 2

O guia DK remetía-nos logo na primeira página - "Exploring Vancouver"- para os bairros históricos de Gastown e Chinatown, com relevo para a Water Street. Feito o check-in, abalámos para onde mandava o guia. Foi uma total desilusão, ou quase. Escapou a Water Street, recuperada e florida, estava fechada ao trânsito em consequênciade uma reduzida amostra de automóveis dos anos cinquenta. Estacionámos nas redondezas, e nas redondezas, onde predominam prédios degradados, espalham-se pelas ruas dezenas e dezenas de sem abrigo, drogados, maltrapilhos, gente feita em bocados. Subimos e descemos a Water Street, uma rua com cerca de quinhentos metros, com dois ou três pormenores turísticos, o relógio a vapor, que apita de quarto em quarto de hora, a estátua de "gassy" Jack Deighton, um pescador palrador que deixou as pescarias e abriu um bar que o tornou famoso. Water Street redime Gastown e, a partir dali, o melhor que o visitante tem a fazer é procurar Vancouver moderno, e esquecer, se for capaz, as misérias de downtown, junto ao porto.
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Geograficamente, Vancouver, que foi considerado por um inquérito realizado pelo Economist, que citei no apontamento anterior, a cidade com melhor qualidade de vida em todo mundo, mas também, pelo mesmo Economist, comparada com a Colômbia pelo gangs da droga que rondam a cidade, é uma maravilha. Por razões diversas, relembra-nos Hong Kong, o Rio de Janeiro, Nova Iorque. Arquitectonicamente, os seus arranha céus não têm o peso histórico de Nova Iorque nem a ousadia artística dos de Hong Kong ou de Xangai. Também não tem o calor humano que habita no Rio.
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Gastronomicamente, Monréal deixa Vancouver à distância que separa a tradição da cozinha francesa e a sem imaginação cozinha britânica.
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Doponto de vista cultural e histórico, Monréal e a Cidade do Quebec também são superiores.
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No conjunto, numa escala de 1 a 5, vale 4.

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