Monday, March 23, 2009

A IMPOTÊNCIA DAS CASSANDRAS

O DD teve a amabilidade de me enviar por e-mail um extracto da entrevista dada por Medina Carreira a Mário Crespo, há uns dias atrás, na Sic Notícias.
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Quem ouve Medina Carreira, não pode deixar de pensar "Ora aqui está um tipo que tem a coragem de dizer a verdade!". Cada afirmação sua é uma fotografia rigorosa da realidade portuguesa. Medina Carreira não é o único fotógrafo das nossas mazelas colectivas (temos também o António Barreto, o Vasco Valente, o Pacheco Pereira, além de outros, e de todos os políticos quando estão na oposição). É citado e recitado. Diz alguma coisa de novo? Lamentavelmente, não diz.
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E digo lamentavelmente, por duas razões: - primeira, porque por mais que se bata com a cabeça na parede, a parede não arreda pé e a cabeça fica traumatizada; a forma mais conveniente de ultrapassar a parede é pensar nas alternativas com que podemos ultrapassá-la, e a este respeito, Medina Carreira, como todos os outros, diz e faz muito pouco, quase nada. - segunda, porque a projecção repetida da mesma fotografia (resultante da impotência de mudar a realidade) leva à banalização e ao entorpecimento.
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Do que, realmente, precisamos não é de quem nos diga que a coisa está preta. Só não vê isso quem não quer ou vê mal.
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De qualquer modo, aqui fica registado no Aliás o extrato da fotografia que Medina Carreira mais uma vez tirou. Divertido foi o final da entrevista, que este extracto não refere: Medina Carreira terminou por lamentar que o tempo concedido à entrevista foi curto; precisava segundo ele, de pelo menos do dobro do tempo. Para uma amplicópia, suponho.
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"Vocês, comunicação social o que dão é esta conversa de «inflação menos 1 ponto», o «crescimento 0,1 em vez de 0,6»....Se as pessoas soubessem o que é 0,1 de crescimento, que é um café por português de 3 em 3 dias... Portanto andamos a discutir um café de 3 em 3 dias...mas é sem açucar..."
"Eu não sou candidato a nada, e por conseguinte não quero ser popular. Eu não quero é enganar os portugueses. Nem digo mal por prazer, nem quero ser «popularuxo» porque não dependo do aparelho político!"
"Ainda há dias eu estava num supermercado, numa bicha para pagar, e estava uma rapariga de umbigo de fora com umas garrafas, e em vez de multiplicar «6x3=18», contava com os dedos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9... Isto é ensino...é falta de ensino, é uma treta! É o futuro que está em causa!"
"Os números são fatais. Dos números ninguém se livra, mesmo que não goste. Uma economia que em cada 3 anos dos últimos 27, cresceu 1% em 2...esta economia não resiste num país europeu."
"Quem anda a viver da política para tratar da sua vida, não se pode esperar coisa nenhuma. A causa pública exige entrega e desinteresse."
"Se nós já estamos ultra-endividados, faz algum sentido ir gastar este dinheiro todo em coisas que não são estritamente indispensáveis? P'ra gente ir para o Porto ou para Badajoz mais depressa 20 minutos? Acha que sim? A aviação está a sofrer uma reconversão, vamos agora fazer um aeroporto, se calhar não era melhor aproveitar a Portela? Quer dizer, isto está tudo louco!"
"Eu por mim estou convencido que não se faz nada para pôr a Justiça a funcionar porque a classe política tem medo de ser apanhada na rede da Justiça. É uma desconfiança que eu tenho. E então, quanto mais complicado aquilo fôr..."
"Nós tivemos nos últimos 10-12 anos 4 Primeiros-Ministros: -Um desapareceu; -O outro arranjou um melhor emprego em Bruxelas, foi-se embora; -O outro foi mandado embora pelo Presidente da República; -E este coitado, anda a ver se consegue chegar ao fim e fazer alguma coisa..."
"O João Cravinho tentou resolver o problema da corrupção em Portugal. Tentou. Foi "exilado" para Londres. O Carrilho também falava um bocado, foi para Paris. O Alegre depois não sei para onde ele irá... Em Portugal quem fala contra a corrupção ou é mandado para um "exílio dourado", ou então é entupido e cercado."
"Mas você acredita nesse «considerado bem»? Então, o meu amigo encomenda aí uma ponte que é orçamentada para 100 e depois custa 400? Não há uma obra que não custe 3 ou 4 vezes mais? Não acha que isto é um saque dos dinheiros públicos? E não vejo intervenção da policía... Há-de acreditar que há muita gente que fica com a grande parte da diferença!"
"De acordo com as circunstâncias previstas, nós por volta de 2020 somos o país mais pobre da União Europeia. É claro que vamos ter o nome de Lisboa na estratégia, e vamos ter, eventualmente, o nome de Lisboa no tratado. É, mas não passa disso. É só para entreter a gente..."
"Isto é um circo. É uma palhaçada. Nas eleiçoes, uns não sabem o que estão a prometer, e outros são declaradamente uns mentirosos: -Prometem aquilo que sabem que não podem."
"A educação em Portugal é um crime de «lesa-juventude»: Com a fantasia do ensino dito «inclusivo», têm lá uma data de gente que não quer estudar, que não faz nada, não fará nada, nem deixa ninguém estudar. Para que é que serve estar lá gente que não quer estudar? Claro que o pessoal que não quer estudar está lá a atrapalhar a vida aqueles que querem estudar. Mas é inclusiva.... O que é inclusiva? É para formar tontos? Analfabetos?"
"Os exames são uma vergonha. Você acredita que num ano a média de Matemática é 10, e no outro ano é 14? Acha que o pessoal melhorou desta maneira? Por conseguinte a única coisa que posso dizer é que é mentira! Está-se a levar a juventude para um beco sem saída. Esta juventude vai ser completamente desgraçada! "
"A minha opinião desde há muito tempo é TGV- Não! Para um país com este tamanho é uma tontice. O aeroporto depende. Eu acho que é de pensar duas vezes esse problema. Ainda mais agora com o problema do petróleo. "Bragança não pode ficar fora da rede de auto-estradas? Não? Quer dizer, Bragança fica dentro da rede de auto-estradas e nós ficamos encalacrados no estrangeiro? Eu nem comento essa afirmação que é para não ir mais longe... Bragança com uma boa estrada fica muito bem ligada. Quem tem interesse que se façam estas obras é o Governo Português, são os partidos do poder, são os bancos, são os construtores, são os vendedores de maquinaria... Esses é que têm interesse, não é o Português!"
"Nós em Portugal sabemos é resolver o problema dos outros: A guerra do Iraque, do Afeganistão, se o Presidente havia de ter sido o Bush, mas não sabemos resolver os nossos. As nossas grandes personalidades em Portugal falam de tudo no estrangeiro: criticam, promovem, conferenciam, discutem, mas se lhes perguntar o que é que se devia fazer em Portugal nenhum sabe. Somos um país de papagaios... Receber os prisioneiros de Guantanamo? «Isso fica bem e a alimentação não deve ser cara...» Saibamos olhar para os nossos problemas e resolvê-los e deixemos lá os outros... Isso é um sintoma de inferioridade que a gente tem, estar sempre a olhar para os outros. Olhemos para nós!"
"A crise internacional é realmente um problema grave, para 1-2 anos. Quando passar lá fora, a crise passará cá. Mas quando essa crise passar cá, nós ficamos outra vez com os nossos problemas, com a nossa crise. Portanto é importante não embebedar o pessoal com a ideia de que isto é a maldita crise. Não é!"
"Nós estamos com um endividamento diário nos últimos 3 anos correspondente a 48 milhões de euros por dia: Por hora são 2 milhões! Portanto, quando acabarmos este programa Portugal deve mais 2 milhões! Quem é que vai pagar?"
"Isso era o que deveríamos ter em grande quantidade. Era vender sapatos. Mas nós não estamos a falar de vender sapatos. Nós estamos a falar de pedir dinheiro emprestado lá fora, pô-lo a circular, o pessoal come e bebe, e depois ele sai logo a seguir..."
"Ouça, eu não ligo importância a esses documentos aprovados na Assembleia...Não me fale da Assembleia, isso é uma provocação... Poupe-me a esse espectáculo...."
"Isto da avaliação dos professores não é começar por lado nenhum. Eu já disse à Ministra uma vez «A senhora tem uma agenda errada"» Porque sem pôr disciplina na escola, não lhe interessa os professores. Quer grandes professores? Eu também, agora, para quê? Chegam lá os meninos fazem o que lhes dá na cabeça, insultam, batem, partem a carteira e não acontece coisa nenhuma. Vale a pena ter lá o grande professor? Ele não está para aturar aquilo... Portanto tem que haver uma agenda para a Educação. Eu sou contra a autonomia das escolas. Isso é descentralizar a «bandalheira»."
"Há dias circulava na Internet uma noticía sobre um atleta olímpico que andou numa "nova oportunidade" uns meses, fez o 12ºano e agora vai seguir Medicina... Quer dizer, o homem andava aí distraído, disseram «meta-se nas novas oportunidades» e agora entra em Medicina... Bem, quando ele acabar o curso já eu não devo cá andar felizmente, mas quem vai apanhar esse atleta olímpico com este tipo de preparação... Quer dizer, isto é tudo uma trafulhice..."
"É preciso que alguém diga aos portugueses o caminho que este país está a levar. Um país que empobrece, que se torna cada vez mais desigual, em que as desigualdades não têm fundamento, a maior parte delas são desigualdades ilegítimas para não dizer mais, numa sociedade onde uns empobrecem sem justificação e outros se tornam multi-milionários sem justificação, é um caldo de cultura que pode acabar muito mal. Eu receio mesmo que acabe."
"Até há cerca de um ano eu pensava que íamos ficar irremediavelmente mais pobres, mas aqui quentinhos, pacifícos, amiguinhos, a passar a mão uns pelos outros... Começo a pensar que vamos empobrecer, mas com barulho... Hoje, acrescento-lhe só o «muito». Digo-lhe que a gente vai empobrecer, provavelmente com muito barulho... Eu achava que não havia «barulho», depois achava que ia haver «barulho», e agora acho que vai haver «muito barulho». Os portugueses que interpretem o que quiserem..."
"Quando sobe a linha de desenvolvimento da União Europeia sobe a linha de Portugal. Por conseguinte quando os Governos dizem que estão a fazer coisas e que a economia está a responder, é mentira! Portanto, nós na conjuntura de médio prazo e curto prazo não fazemos coisa nenhuma. Os governos não fazem nada que seja útil ou que seja excessivamente útil. É só conversa e portanto, não acreditem... No longo prazo, também não fizemos nada para o resolver e esta é que é a angústia da economia portuguesa."
"Tudo se resume a sacar dinheiro de qualquer sitío. Esta inter-penetração do político com o económico, das empresas que vão buscar os políticos, dos políticos que vão buscar as empresas... Isto não é um problema de regras, é um problema das pessoas em si... Porque é que se vai buscar políticos para as empresas? É o sistema, é a (des)educação que a gente tem para a vida política... Um político é um político. E um empresário é um empresário. E não deve haver confusões entre uma coisa e outra. Cada um no seu sítio. Esta coisa de ser político, depois ministro, depois sai, vai para ali, tira-se de acolá, volta-se para ministro...é tudo uma sujeira que não dá saúde nenhuma à sociedade."
"Este país não vai de habilidades nem de espectáculos. Este país vai de seriedade. Enquanto tivermos ministros a verificar preços e a distribuir computadores, eles não são ministros! Eles não são pagos nem escolhidos para isso! Eles têm outras competências e têm que perceber quais os grandes problemas do país!"
"Se aparece aqui uma pessoa para falar verdade, os vossos comentadores dizem «este tipo é chato, é pessimista».... Se vem aqui outro trafulha a dizer umas aldrabices fica tudo satisfeito... Vocês têm que arranjar um programa onde as pessoas venham à vontade, sem estarem a ser pressionadas, sossegadamente dizer aquilo que pensam. E os portugueses se quiserem ouvir, ouvem. E eles vão ouvir, porque no dia em que começarem a ouvir gente séria e que não diz aldrabices, param para ouvir. O Português está farto de ser enganado! Todos os dias tem a sensação que é enganado!"

5 comments:

A Chata said...

Rui
Diga-me, então, por favor, quem considera que já apontou medidas credíveis para o atoleiro em que o Mundo se encontra.

Prefiro, de longe, que me digam a verdade, do que andem a 'dourar' a pilula e contar aldrabices (como a data para o fim da crise).

Por muito que nos custe admitir, os problemas são tantos e tão complicados que soluções, se as houver, só podem ser drásticas e desagradaveis de encarar.

As climate changes, is water the new oil?

By Deborah Zabarenko, Environment Correspondent, ReutersMarch 22, 2009
WASHINGTON -- If water is the new oil, is blue the new green?
http://www.canada.com/Technology/story.html?id=1416289

The second shockwave
By Michael Klare
Mar 20, 2009
...
. On top of this, conditions are deteriorating at a time when severe drought is affecting many food-producing regions and poor farmers lack the wherewithal to buy seeds, fertilizers and fuel.

The likely result: A looming food crisis in many areas hit hardest by the global economic meltdown.

Until now, concern over the human impact of the global crisis has largely been focused - understandably so - on unemployment and economic hardship in the US, Europe, and the former Soviet Union. Many stories have appeared on the devastating impact of plant closings, bankruptcies, and home foreclosures on families and communities in these parts of the world.
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Regime-threatening unrest
As these effects ripple through the developing world and millions upon millions of people face increasingly harsh conditions, social and political unrest of all forms will increase. Such unrest, involving angry protests over plants closings, mass layoffs, and government austerity measures, has already erupted in Europe, Russia, and China, and now threatens to spread to other areas of the world.

Until now, such disorder has been limited to urban riots and rock-throwing incidents, but it is easy to imagine far more violent forms of turmoil - including the outbreak of armed rebellion or civil strife. This danger was raised in a third report worthy of attention, an annual threat assessment delivered by the Director of National Intelligence, Admiral Dennis C Blair, to the US Senate Select Committee on Intelligence on February 12.
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http://www.atimes.com/atimes/Global_Economy/KC20Dj02.html

Injecções de dinheiro, fabricado à pressão, no sistema financeiro será isso solução?

Tentativa patética de recuperar a situação que nos levou a isto ou 'compra' de tempo para adiar o 'estoiro' final?

Não se trata de bater com a cabeça na parede, trata-se de encarar a realidade de uma vez por todas, sem paninhos quentes e. sem ilusões de soluções miraculosas.

A Chata said...

Parece que já há quem esteja a pensar em 'soluções'.

Preparing for Civil Unrest in America
Legislation to Establish Internment Camps on US Military Bases

by Michel Chossudovsky
March 18, 2009

...
A bill entitled the National Emergency Centers Establishment Act (HR 645) was introduced in the US Congress in January. It calls for the establishment of six national emergency centers in major regions in the US to be located on existing military installations. http://www.govtrack.us/congress/billtext.xpd?bill=h111-645
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The stated purpose of the "national emergency centers" is to provide "temporary housing, medical, and humanitarian assistance to individuals and families dislocated due to an emergency or major disaster."
In actuality, what we are dealing with are FEMA internment camps.
HR 645 states that the camps can be used to "meet other appropriate needs, as determined by the Secretary of Homeland Security."
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In the words of Rep. Ron Paul:
"...the fusion centers, militarized police, surveillance cameras and a domestic military command is not enough... Even though we know that detention facilities are already in place, they now want to legalize the construction of FEMA camps on military installations using the ever popular excuse that the facilities are for the purposes of a national emergency. With the phony debt-based economy getting worse and worse by the day, the possibility of civil unrest is becoming a greater threat to the establishment. One need only look at Iceland, Greece and other nations for what might happen in the United States next." (Daily Paul, September 2008, emphasis added)
...
http://globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=12793

Rui Fonseca said...

"Por muito que nos custe admitir, os problemas são tantos e tão complicados que soluções, se as houver, só podem ser drásticas e desagradaveis de encarar".

Concordo inteiramente. E porque concordo é que me parece pouco interessante este coro lamuriento que apenas nos deprime.

Um problema existe se existe uma solução, pelo menos. Se não há solução não há problema, há uma fatalidade.

Mas as soluções são de difícil aplicação. Senão já teriam sido adoptadas.

É o debate de soluções que pode levar à descoberta das melhores, ou, se quiser, das menos más.

V Bento, Silva Lopes, entre outros, vêm defendendo a redução do salários como forma de aumentar a competitividade das exportações e reequilibrar a balança de pagamentos.

É a teoria do "vale mais uma dor que um cento". Eu penso que este aforismo, neste caso, não é aplicável.

Ainda que, de uma forma ou de outra, estejamos condenados a ver cair o nosso poder de compra nos próximos anos, deve haver, tem de haver, algumas medidas susceptíveis de amortecer a queda.

Ora é essa discussão de alternativas que não vejo ser feita.

O que vejo, de um lado, são os que não param de pregar desgraças, outros que nos receitam medidas dificimente toleráveis sem convulsões sociais sérias, outros que continuam a assobiar para o ar à espera que o tempo resolva.

É lamentável. Mas quando os dois principais partidos não se entendem acerca da nomeação para um cargo de que quase ninguém ouve falar ou sabe do que se trata, é difícil esperar um entendimento acerca da forma menos penosa de sair desta ratoeira em que a economia portuguesa caiu.

Acerca de tudo isto o discurso de Medina Carreira & Cª. não adianta nada.

João Vaz said...

Apoio e subscrevo. É fácil ser como o Medina Carreira, do alto da sua cátedra emitir veredictos...mas depois, acção ? Soluções reais ?

A Chata said...

"V Bento, Silva Lopes, entre outros, vêm defendendo a redução do salários como forma de aumentar a competitividade das exportações e reequilibrar a balança de pagamentos"

Redução de que salários?
Dos milhões de desempregados que crescem todos os dias?

Exportações?
Quais?
O que é produzimos para exportar?
Para onde?
Para Angola, enquanto a China deixar, talvez.

Olhe para os números.
De desempregados, desalojados, empresas falidas.
Olhe à volta no seu bairro.
Quantas lojas já fecharam?

O único caminho, na minha fraca opinião, é voltar à agricultura e pesca.
Quanto mais não fosse para não dependermos do exterior para a alimentação.
O que não iria ser fácil depois de termos destruído grande parte das infraestruturas dessas actividades.


Vem aí mais dinheiro da Europa.
Quer apostar que a venda de Ferrari vai aumentar?
Vai ser distribuído mais dinheiro à banca (que é o que os outros estão a fazer) e vamos continuar a ouvir os politicos a 'botar' patacoadas sobre a sua preocupação social, a importãncia de termos um TGV, os casamentos 'gay', e o ultimo insulto partilhado entre deputados da assembleia ou a ultima 'trica' partidária no seio do PSD.

"Acerca de tudo isto o discurso de Medina Carreira & Cª. não adianta nada"

Pode não adiantar mas, pelo menos é verdadeiro e talvez 'acorde' alguns dos que andam a assobiar para o ar.
Não é fingindo que tudo se irá resolver mais trimestre, menos trimestre, ou embandeirando em arco cada vez que as bolsas subiram um nadinha que se juntam esforços para descobrir soluções.