Sunday, August 31, 2008

A TEORIA DO PAULINO

Pois é, meu Caro, o futebol é números. Quem tem dinheiro compra o melhor, se não for azelha a comprar.
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As discussões à volta do futebol, visto do ponto de vista dos adeptos, são cada vez mais centradas no mercado e na argúcia dos compradores. O espectáculo em si conta pouco, o fundamental é o resultado, e esse, regra geral, obedece à capacidade financeira jogada nas negociações.
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Capacidade financeira essa que muitas vezes tem origens inconfessáveis. Se deslocássemos a discussão para este terreno acabaríamos por concluir que, não raras vezes, por detrás de um bom resultado há um grande bandido.
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O Porto foi empatar à Luz, mas eu, que não pago para ver, vi o Coríntias contra o ABC. Ganhou o Coríntias 4-0, a jogar com menos um jogador a maior parte do tempo. Gostei, ainda que numa escala de 1 a 5 não desse mais que 3. Acho que tenho vantagens em ver os jogos brasileiros que me entram em casa sem custos adicionais: Vejo actuar alguns dos craques que só mais tarde chegam aos clubes portugueses. E normalmente proporcionam um espectáculo futebolístico com qualidade.
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Já sei que não é normal este meu desprendimento clubístico. Mas lendo o teu post de hoje não pude evitar perguntar mais uma vez: Se o futebol profissional é hoje essencialmente uma disputa mercantil, o mérito das vitórias pertence inteiramente a quem manda nas massas (monetárias, entenda-se).
Ou não?
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Quando se pensa como é engendrado o truque o ilusionismo perde a graça.

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