Sunday, June 15, 2008

POUCA FÉ MAS MUITA ESPERANÇA

A propósito do resultado do referendo irlandês e do post de Adolfo Mesquita Nunes no Arte da Fuga troquei com ele alguns comentários que transcrevi ontem aqui no Aliás. A rematar os seus argumentos, AMN, que é um jovem mas já um distinto Mestre em Direito, escreveu, que
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" a alternativa existe, como se comprova agora e se comprovará depois. Desde ritmos mais lentos de construção europeia, até abandono de contornos mais políticos que económicos".
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à minha afirmação,
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"(...) não enjeito o referendo. Desde que tenha consequências para quem rejeita a proposta. A Irlanda, neste caso, ou diz como devemos sair do beco ou deve sair ela do clube. Não há alternativa."
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Percebe-se perfeitamente que AMN deixa vir ao de cima aquilo que lhe vai no fundo da alma. A ele e a muito boa gente, reconheça-se: A sua adesão ao instrumento referendário não decorre de uma fundada fé nos méritos democráticos do referendo, sobretudo quando o objecto a referendar é reconhecidamente complexo. O que os move, e por isso se juntam tantos de sinais tão contrários, é a esperança que o referendo bloqueie o avanço daquilo que eles não querem. Reconheça-se que dificilmente poderiam arranjar melhor arma de destruição maciça contra a União Europeia.

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