Wednesday, March 19, 2008

O INCONTENENTE

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Transcrevo o móbil do crime, que não é propriamente o que se possa chamar um bom naco de crítica (Daniel Oliveira costuma escrever muito melhor), por uma razão simples: não há, porventura, de entre os políticos portugueses, quem mais tenha disparado insultos para todos os quadrantes do que AJJ; não há quem mais tenha insultado os jornalistas portugueses; não há quem mais tenha insultado os portugueses residentes no Continente, que pacientemente há largos anos lhe vão pagando uma parte das contas. Sem pagar indemnizações por difamações constantes seja a quem for.
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Até quando, oh rei da Madeira, abusarás tu da nossa paciência?
O palhaço rico

OUVI Alberto João Jardim dizer que os jornalistas são uns «piiiiiiii». Mesmo com o efeito sonoro, deu para apanhar o espírito da coisa. Não conheço as mães de todos os jornalistas, por isso não me envolvo na contenda. E disse também que são «bastardos», um termo caído em desuso no Continente. Bastardos e filhos de uma profissional do sexo não é, esclareça-se, exactamente a mesma coisa. O filho da dita pode ser legítimo, desde que haja um eficaz planeamento familiar, da mesma forma que o filho de uma senhora com actividade em qualquer outro ramo profissional pode ser, como diz o nosso bom Alberto, um bastardo. Mas adiante.
Alberto João Jardim é um palhaço. Envergonha, de cada vez que abre a boca, a nossa democracia. Não é politicamente incorrecto. É apenas um palhaço que manda numa ilha com mais de duzentas mil pessoas. Recentemente, deu-se mesmo ao luxo de retirar a imunidade parlamentar, da qual nunca abdicou, a um deputado da oposição que o atacara. É um palhaço perigoso.
Não julguem que uma boa parte dos madeirenses não acha isto mesmo do seu presidente. Só que Alberto João é um palhaço que traz, todos os anos, uma mala cheia de dinheiro vinda do Continente. O seu orçamento não tem fundo. Na Madeira não falta nada. Nem estradas, nem equipamentos, nem emprego. O Estado está em todo o lado. Para dar dinheiro, para controlar a oposição. Para acabar com o circo, não era preciso muito. Bastava obrigar Alberto João a viver com o que tem. Iam ver como os madeirenses deixavam de achar graça à palhaçada.Publicado por
Daniel Oliveira 10 de Junho de 2005 em Expresso

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