Wednesday, May 02, 2007

O MI(NI)STÉRIO DA AGRICULTURA

Diz Helena Matos, hoje, no Público:
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"O organigrama e número de funcionários do Ministério da Agricultura é um dos melhores exemplos do Estado centralista, entorpecedor e megalómano que temos.
Reduzir o número dos seus funcionários surge-me como indispensável. Mas há que ter em conta que esses funcionários só existem porque os contrataram. Donde procurar transformar esses despedimentos em simples questões de avaliação de desempenho não só não é justo como não é verdadeiro.
A isto junta-se a questão da avaliação propriamente dita. Fartos que estamos de ouvir falar do Estado e da sua ineficácia, não temos prestado suficiente atenção ao modelo de avaliação dos funcionários públicos: a irresponsabilidade que os caracterizou pode dar lugar a uma espécie de infatilização."
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A jornalista do Público, tão declaradamente liberal, não foge neste seu artigo à tentação de invocar o argumentário sindicalista mais básico. Que o Estado tem funcionários a mais, e além disso centralizados, é uma evidência para HM; Que o número de funcionários seja reduzido, também é óbvio; Como é que deve o Ministério proceder à escolha dos que mais lhe convem, é questão que HM não aborda. Ou aborda pela negativa: segundo ela, a selecção mais conveniente não deve decorrer de uma avaliação de desempenho, fatalmente injusta e falsa.
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É pena que Helena Matos não diga como procederia se estivesse na pele do Ministro. É pena que os jornalistas e analistas em geral da nossa terra sejam tão perspicazes a detectar falhas e tão relapsos a sugerir emendas.

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